Prevista para a semana que vem a reunião da diretoria da Cool Embalagens com os funcionários, para protocolar os acordos trabalhistas. A empresa, instalada nas dependências da antiga Sta Matilde, encerrou suas atividades em Três Rios na última sexta-feira (3), depois de vários problemas, que incluíram a denúncia de retirada do maquinário durante o carnaval, fato que veio a público através das redes sociais, em mensagens dos funcionários à página TR Revista.
Para impedir que as máquinas fossem desmontadas e retiradas, os funcionários se reuniram durante todo o período de carnaval na porta da empresa, e recorreram ao presidente da Câmara de Vereadores, Nilcélio Sá, que acionou o sindicato da categoria. A entidade recorreu ao plantão judiciário, no Rio de Janeiro, que concedeu liminar proibindo a saída de qualquer equipamento das instalações da Cool Embalagens.
Segundo o procurador jurídico da Câmara de Vereadores, Oscar Castro, foi feita a penhora de um imóvel no valor de R$ 8 milhões para garantir que todos os direitos dos trabalhadores sejam pagos. Apesar da demissão, os funcionários da Cool ficaram satisfeitos com o desfecho do caso: “A gente ia ser demitido e não sabia como e nem quando iria receber. Pelo menos, depois que o Nilcélio nos orientou, conseguimos garantir nossos direitos. Não é a primeira vez que a diretoria desta empresa faz isso. Foi a mesma história com a antiga Polwax Indústria Química Ltda., instalada na Santa Terezinha”, ressaltou uma das funcionárias.
O grupo vem manifestando, através das redes sociais, seu agradecimento ao vereador Nilcélio, que juntamente com o presidente do sindicato, Márcio Mesquita Malafaia, foi ao Rio de Janeiro em pleno carnaval, para recorrer à juíza de plantão, Dra. Gabriela Canellas Cavalcanti. Em mensagem à página TR Revista, disse Márcia Gonçalves:
“ Para nossa imensa tristeza, neste início de ano, o tão temido desemprego chegou até nós. Víamos nos noticiários acontecer, sabíamos que também poderíamos passar por isto, entendemos a situação do país, mas sei que poderemos mudar este Brasil, pois existem pessoas de bem, compromissadas, pessoas que sempre estão prontas para ajudar, sendo corretas e prestativas. Independente de cargos ou eleição, sempre se mostraram ativas, amigas e solidárias em qualquer momento. Digo isto pois passamos por momentos de desespero e preocupação, sem saber o que fazer, pois perdemos nossos empregos. Somos em torno de 100 famílias, perdendo sua fonte de renda e pior, a empresa fechando, levando seus equipamentos e maquinários e sem nos comunicar, só saberíamos após tudo ter ido embora e o ficar galpão vazio, teríamos que procurar a justiça para tentar resolver. Mas, graças a Deus, fomos iluminados a procurar a pessoa certa. Entramos em contato com o nosso amigo o vereador e presidente da Câmara dos Vereadores, o Sr Nilcélio Sá, que prontamente se solidarizou com a nossa decepção e tristeza. Rapidamente entrou em contato com os também amigos, o procurador da Câmara, Dr. Oscar Castro, e o advogado Dr. Márcio Malafaia, que estão sempre prontos a ajudar, e não nos decepcionaram. Deixaram suas famílias e seus afazeres, seu lazer, pois estávamos em pleno domingo de carnaval e todos se uniram e foram até o nosso encontro, no portão da empresa Cool.
Logo, começaram a agir juridicamente com ofício e liminar para que a empresa não levasse seus bens até que resolvesse a nossa situação, nos pagando o que é devido, com contato via rede social e pessoal, nos dando confiança e tranquilidade, afirmando sempre que poderíamos confiar que eles estavam ali para nos ajudar e graças a Deus, com apoio do nosso sindicato. Hoje, a situação foi resolvida, tivemos a garantia de bens da empresa em nosso favor para que possamos receber nossos direitos. Obrigado aos amigos e companheiros: Nilcélio Sá, Márcio Malafaia, Oscar Castro e José Carlos, os funcionários da Cool Embalagens agradecem o apoio e solidariedade”
O vereador Nilcélio Sá, que é concursado da Polícia Rodoviária Federal, e filiado a dois sindicatos, falou sobre a satisfação em poder contribuir para a solução do caso e sobre a importância da sindicalização. “Acredito muito na força do sindicato, não do desconto obrigatório, mas o colaborador tem que ter esta decisão de se sindicalizar ou não. E nesta situação, específica, o sindicato fez toda a diferença e lutou pelos direitos dos sindicalizados, que tiveram seus direitos garantidos”.
