A equipe de coordenação da ONG Projeto ASCEL esteve reunida na tarde de segunda-feira (20) com a direção da Escola Municipal Maria das Graças Vieira, do bairro Santa Terezinha. Na ocasião, foi discutida a proibição de utilização da quadra do estabelecimento para a realização das oficinas oferecidas aos jovens e adolescentes da comunidade. A medida, segundo informações, foi adotada há algumas semanas, quando os cadeados do portão foram trocados sem nenhum aviso, impedindo o acesso à quadra.
O problema foi levado ao conhecimento da Secretária de Educação, Carla Nasser Monnerat, há cerca de quinze dias. Na ocasião, ela informou à direção da ONG que não sabia da proibição, que teria ocorrido num período em que se encontrava ausente de Três Rios. A diretora da escola, professora Cristina Coutinho, esteve presente à reunião, que contou também com a participação dos subsecretários Beto e Adelaide, e, na ocasião, a ONG voltou a ser autorizada a usar a quadra.
Na reunião de segunda-feira, a coordenação da ASCEL, participantes das oficinas e seus pais decidiram dar à diretora Cristina um prazo de cinco dias para a solução do problema. Segundo a dirigente, será enviado à Secretaria de Educação um ofício solicitando o reparo das instalações elétricas, para que o espaço possa voltar a ser utilizado. Segundo o diretor da ONG, Marcos Lasnor, providências enérgicas serão tomadas se o problema não for resolvido: “O espaço é público, nós pagamos impostos para que fosse construído e para que seja mantido, ou seja, é nosso! Não podemos ser proibidos de utilizá-lo assim, até porque o objetivo dessa utilização é nobre, tirar crianças e jovens da rua e inseri-los na sociedade como cidadãos de bem.”
Criada em 2009, a ASCEL tem como objetivo proporcionar acesso à cultura, esporte e cidadania às crianças e jovens do bairro e localidades vizinhas. Desde sua criação, a ONG foi autorizada pela Secretaria de Educação do município e a direção da escola a utilizar a quadra, já que não há outro espaço para tal fim na comunidade.
Segundo o coordenador da ONG, Marcos Lasnor, ao longo desses cinco anos nunca houve qualquer tipo de problema para a utilização do espaço. A cada nova direção que assumia a escola, o trabalho era mantido e seus responsáveis recebiam cumprimentos pela iniciativa e força de vontade. Com a ajuda de voluntários, são oferecidas aos alunos aulas gratuitas de hip hop, jazz, teatro, vôlei, futsal e handebol. Marcos Lasnor estranhou o fato da quadra ser usada por jovens do bairro para jogar futebol, inclusive no período das aulas, sem enfrentar qualquer problema com a direção.
