A reunião de ontem (25) na Câmara de Vereadores de Areal, terminou com a instalação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar possíveis irregularidades na administração da Prefeita Waldeth Brasiel. O assunto, alvo de denúncia de um morador, motivou a criação de uma CP – Comissão Processante, que em julho decidiu pela cassação do mandato, que não ocorreu devido a uma liminar concedida pela Justiça. Desde então, a Chefe do Executivo se mantém no cargo com amparo judicial, mas, segundo informações, não contaria com o apoio da população, que é a favor do seu afastamento.
A Comissão Processante, formada em maio deste ano, constatou irregularidades no recebimento e distribuição de medicamentos, na contratação de um laboratório sem licitação e no pagamento de serviços de perfuração de um poço artesiano. No caso do laboratório, há informações de que a firma funcionou sem contrato de janeiro a junho deste ano, sem cadastro no Cnes - Cadastro Nacional dos Estabelecimens de Saúde, e prestando serviços de qualidade duvidosa, inclusive fornecendo resultado positivo de câncer de próstata a paciente do sexo feminino. Pesam também, contra Waldeth Brasiel, acusações de criação de uma firma que seria responsável pelo fornecimento de diversos bens e serviços para a Prefeitura, sem realização de licitação, procedimento obrigatório na administração pública. Durante todo o trabalho da Comissão Processante, a Prefeita de Areal foi chamada a comparecer a oitivas para prestar depoimento, mas não compareceu a nenhuma das reuniões. A CPI formada nesta segunda-feira não divulgou o prazo para concluisão das investigações.
