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NÃO É RUI, MAS É JOAQUIM

NÃO É RUI, MAS É JOAQUIM



 J L Viana*

 

 

                 “Eu não costumo silenciar quando presencio algo de errado”                                                      

Joaquim Barbosa

                             

             Damos graças a Deus por nos ter privilegiado, além de Rui Barbosa, também com a existência de Joaquim Barbosa, ou melhor, pelo mérito, Presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Joaquim Benedito Barbosa Gomes, sendo assim o Chefe do Poder Judiciário Brasileiro, empossado no dia 22/11/2012.

            Para chegar onde chegou, não precisou ser beneficiado por “cotas”, ou  ter nascido em  berço de ouro; tampouco de  participações políticas e/ou politicagem.  Suas  vitórias foram obtidas  através de competência e determinação.

            E é o que nos tem demonstrado, desde a sua adolescência até os dias atuais.  Sem dúvida um belo exemplo para os brasileiros, ora carentes de representantes públicos honestos e competentes.

            Os que conhecem um pouco da história de Rui Barbosa, seus escritos, suas palavras e a sua tribuna, hão de concordar com a semelhança nos desempenhos de vida profissional, entre os nossos gloriosos Rui Barbosa e Joaquim Barbosa.

            O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, mineiro de Paracatu, nasceu no dia   de outubro de 1954, filho de pais humildes, mãe dona de casa e pai pedreiro.  Sendo o mais velho dos oito irmãos, tornou-se arrimo de família após a separação conjugal de seus pais.

            Objetivando melhores condições de vida familiar, estudantil e profissional, aos 16 anos partiu sozinho para a Capital Federal, empregando-se na Gráfica do Correio Brasiliense e prosseguindo nos estudos, concluindo o Segundo Grau no Colégio Elefante Branco. Este é um fato a ser sempre frisado:  sempre estudando, desde o curso primário, em Colégio Público!

            Leitor amigo, resolvemos por bem, e de maneira concisa, relacionar algumas das  conquistas deste destemido brasileiro e afrodescendente.     Vale a pena destinar alguns minutos do seu tempo para conhecer um pouco de Joaquim Barbosa: 

            Pelo Mérito!

  • Aprovado em todos os Concursos Públicos dos quais participou

            Quero enfatizar e deixar bem claro aos seus detratores, que Joaquim Barbosa é um Ministro que nunca foi reprovado em Concursos Públicos para a Magistratura, dentre outros que participou. Isso é muito importante para o conhecimento dos brasileiros.  Trata-se de um Magistrado de Direito e de Fato;

  • Detentor de várias condecorações, dentre as quais a Medalha de Ouro da Assembleia Nacional Constituinte;
  • Autor de vários livros e artigos;
  • Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores;
  • Foi Procurador da República;
  • Mestrado na Universidade de Paris;
  • Doutorado na Universidade de Paris;
  • Foi Professor Visitante no Instituto de Direitos Humanos da Universidade de Columbia, em Nova York, e na Universidade da Califórnia;
  • Fluente nos idiomas francês, inglês, alemão e espanhol;
  • Opositor ao foro privilegiado para autoridades; 

Àqueles que gostam de estar sempre bem informados, sugiro a leitura da publicação: Senado Federa (Senador Paulo Paim) Brasília -2003:

 “Sabatina do Dr. Joaquim Benedito Barbosa Gomes

            Este trabalho evidencia as razões pelas quais Joaquim Barbosa se tornou um vencedor, e nele estão registrados os questionamentos peculiares, formulados pelos parlamentares, para que o mesmo fosse nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal.

            Ainda assim, seus detratores tentam denegrir sua imagem, trazendo a público um problema conjugal, sendo que a própria ex-esposa esclareceu o fato, escrevendo uma carta onde afirmou que “a agressão foi mútua”, num momento de ânimos acirrados em defesa da guarda do filho.

            Existem outras acusações tais como, os gastos com de reformas em apartamento  e até com despesas de viagens, motivando  a seguinte nota da Assessoria do  STF:

“Sexta-feira, 05 de julho de 2013

Nota à imprensa

A respeito das informações veiculadas nesta sexta-feira (05/07) sobre o pagamento de passagens aéreas para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cumpre esclarecer:

1 – O presidente do STF, Ministro Joaquim Barbosa, não viajou para o Rio de Janeiro, no último dia 31 de maio, para assistir ao jogo do Brasil. O Ministro retornou para a sua residência no Rio de Janeiro, como faz regularmente há mais de 10 anos, desde que empossado no Supremo;

2 – O Ministro teve seu deslocamento, em avião de carreira, pago pelo Supremo. Essa é uma prerrogativa de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal, adotada também por outros tribunais;

3 – Decisão administrativa de 1995 regulamentou cota de passagens aéreas a ser utilizada pelos gabinetes dos Ministros de acordo com a necessidade de deslocamento de cada um deles, havendo limite para os gastos;

4 – A cota de passagens é anual e tem validade independentemente do recesso judiciário ou períodos e licença.

Secretaria de Comunicação Social do STF

                Sabemos nós, que o Ministro Joaquim Barbosa, assim como Rui Barbosa, não é homem de aceitar provocações verbais sem devolvê-las com respostas convincentes.

            Às agressões verbais ele tem condições de respondê-las, mas para as ameaças que vem recebendo de agressões físicas e as ameaças de morte, respondê-las, iria de encontro às suas formações familiar, cristã, social, acadêmica e profissional.

            Infelizmente, por motivos óbvios, o Ministro anunciou que deixará o Supremo Tribunal Federal, aposentando-se ao final do mês de junho de 2014, para tristeza da maioria dos brasileiros.

            As suas decisões sempre foram pela Razão e pelo Direito, sempre objetivando a moralização da política e o engrandecimento da Justiça no Brasil. Coube, portanto, a Joaquim Barbosa, com a sua atuação à frente da Suprema Corte do Brasil, resgatar o respeito ao STF, julgando e condenando políticos por crimes de corrupção com sentenças em regimes fechados e semiabertos, situações que até então a sociedade brasileira jamais presenciou.

            E assim, leitor amigo, reportemo-nos ao nosso Grande Rui Barbosa, que continua realista e atual, em seus pensamentos, quando afirma:

 

“De tanto ver triunfar as nulidades,

de tanto ver prosperar a desonra,

de tanto ver crescer a injustiça,

de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus ,

o homem chega a desanimar da virtude,

a  rir-se da honra,

a ter vergonha de ser honesto “

            Para finalizar, podemos reafirmar sobre a semelhança de comportamentos entre  Rui Barbosa  e  Joaquim  Barbosa, no desempenho de suas funções de juristas, sempre vociferando e decidindo pelo  bem estar da moral social e da Justiça como um todo.

 *Advogado – Jornalista - Psicólogo