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NEGRITUDE MUNICIPAL

NEGRITUDE MUNICIPAL




À carona da comemoração do instituído Dia da Consciência Negra, me inspiro dentro da nossa História para dar municipalização à essa raça homenageada, no merecido e comprovado laurel de efetivo capital humano responsável pela colonização trirriense.
A presença do branco foi diminuta por aqui desde os aristocratas rurais das fazendas do nosso entorno, somada aos colonos agregados e aos moradores dos fogos que existiam nos grotões das propriedades agrícolas. Desde o início do século XIX o negro, em sua condição servil, já ocupava superioridade populacional por aqui. Ou pelo movimentado mercado de escravos ou pelo nascimento anterior à Lei do Ventre Livre.
Mesmo as chegadas da estrada carroçável União e Indústria (1861) e da Estrada de Ferro D. Pedro II ( 1867), que atraíram imigrantes de vários países para o povoado de Entre- Rios,  pouco veio modificar a inferioridade branca ante ao grande contingente negro.
A alforria em massa dos escravos da fazenda Cantagalo, consignada por documento de 1882, e o posterior assentamento dos libertos em uma criada colônia agrícola, unidos, constituíram um importante momento para o aprofundamento e longevidade da colonização negra em Três Rios.
Num traço histórico afirma-se: a população original trirriense é negra, orgulhoso produto construtor da terra dos três rios, que aqui deixou traços indeléveis, entre muitos  um urbano, o bairro de Vila Isabel. Outro religioso,a devoção ao padroeiro São Sebastião.
Todas as outras raças, historicamente, por aqui são secundárias, chegaram de carona. São forasteiras.
Foto : Pedro Braz da Silva ( nascido em Entre-Rios a 17 de setembro de 1898 e falecido em Três Rios a 20 de abril de 1986.) Poeta,repentista,registrou na maestria do seu cordel importantes momentos presenciados e vivenciados em sua terra de nascimento. Nossas homenagens