Richard Nixon*
Costumo ir a estádios ver jogos da arquibancada, e constato que assisto a outra partida,diferente da que é transmitida pela televisão, os segundos correndo como se fossem horas, a tática aplicada, os erros dos jogadores ficam mais claros e os acertos ficam maravilhosos. Sou de um tempo em que alguns jargões eram como verdades, tais como “jogo é jogado e lambari é pescado”, “futebol é para homem”, entre outros. Mas tudo isso é para chegarmos a grande pergunta: o que fizeram com o futebol brasileiro? É uma indagação que me atormenta há pelo menos quinze anos, pois venho assistindo um outro esporte praticado em terras tupiniquins.
Nossa arbitragem transformou nossos jogadores em verdadeiros cristais, ou seja, crianças que choram quando perdem suas chupetas. Nossos “craques” não conseguem disputar o torneio continental. No esporte praticado aqui, no País que é o pai adotivo do futebol, qualquer esbarrão se transforma em falta, os jogadores reclamam em demasia com os senhores “professores’ do apito; aqui nossos jogadores simplesmente mandam e desmandam, mas quando enfrentam times de outros países, principalmente uma arbitragem que deixa o jogo rolar com poucas faltas, a história é diferente. Quando digo isso, não quer dizer que seja favorável ao jogo violento. Uma parte deste cenário é culpa da mídia esportiva, que sempre falava que o nosso jogo é muito leve, que tínhamos que proteger os craques, a mídia alegava que nossos árbitros são uns incompetentes,m errando demais. Lá fora a coisa é diferente, eles (os árbitros) protegem mais os craques. Hoje jogadores medianos, pseudos-craques de futebol, mimados, praticam outro tipo de futebol, onde ninguém pode ser tocado, pois tudo é falta. Por este motivo, nossos times estão lutando para vencer jogos contra times tecnicamente inferiores, pois não sabem lidar com árbitros que deixam o jogo rolar. Isso é culpa da nossa arbitragem, nossos cartolas, nossos técnicos, nossa mídia esportiva e das categorias de base, por não fazerem o trabalho correto. Mas como o futebol está voltando para casa, temos a esperança que este esporte se transforme realmente em futebol, ou seja, onde jogo é jogado e lambari é pescado.
Os Filhos da luta
Um filho da luta da lista de Felipão voltou em grande estilo. Fred marcou no clássico carioca (Flu1x1Vasco) mostrando que será muito útil para a disputa da Copa do Mundo. Jô, outro da lista, tem mostrado muita vontade de ser titular, está jogando muito neste inicio de temporada.
Quem está de fora da lista, mas doido para se juntar aos filhos da luta de Luis Felipe Scolari, é Diego Cavalieri. Toda vez que entra em campo com Gum e Leandro Euzébio, agradece a Renato Gaúcho por fazer de tudo para ele não estar na lista final.