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SAÚDE/CAMPANHA DE COMBATE AOS RATOS E À LEPTOSPIROSE

SAÚDE/CAMPANHA DE COMBATE AOS RATOS E À LEPTOSPIROSE



A Prefeitura de Três Rios iniciou  semana passada  trabalho para  controle de roedores e combate à leptospirose. Realizadas pela Secretaria de Saúde, através da Coordenadoria de Vigilância Ambiental, a ação  começou pela Morada do Sol, mas será levada para todos os bairros da cidade.
A operação tem o objetivo de prevenir a incidência de casos de leptospirose (doença transmitida pela urina de roedores) em locais com maior probabilidade de ocorrências. Além da vistoria, os agentes realizam, durante as visitas, uma ação educativa com a comunidade, esclarecendo o que pode ser feito para evitar a proliferação de ratos e do mosquito transmissor  da dengue. As principais medidas são simples: a população deve evitar o acúmulo de lixo e entulho nas calçadas e quintais, e  armazenar corretamente seus resíduos sólidos, colocando-os  na calçada apenas no dia e na hora da coleta de lixo.

O QUE É LEPTOSPIROSE?

A Leptospirose, ou “Mal de Adolf Weil”, é uma doença infecciosa bacteriana, extremamente grave, causada pela bactéria Leptospira interrogans. É considerada uma zoonose infectocontagiosa, isto é, uma doença proveniente de animais. Contudo, também afeta o ser humano, que se contamina pela urina do rato.

O Brasil, de 1980 a 2005, teve pouco mais de 60 mil casos da doença em todo o país, sendo que 1/3 foi no Sudeste. Apenas 10% têm ocorrência grave,  tendo manifestações hemorrágicas severas e comprometimento da função renal.

Os médicos não conseguem prever quando a leptospirose será agressiva, contudo existem estratégias terapêuticas capazes de prevenir isso, assim que a infecção tem início.

Para auxiliar na prevenção da Leptospirose, o Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), elabora normas, coordena, assessora e supervisiona as ações de vigilância e controle da doença, que são desenvolvidas em todo o país pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. Para isso, a SVS elabora e distribui material técnico e educativo, capacitando também técnicos de estados e municípios para executarem ações de forma mais efetiva para prevenir a população da doença. Além disso, também estudam os dados da doença registrados no país e ficam vigilantes para a ocorrência de quaisquer casos e surtos de leptospirose.

CAUSAS

A bactéria Leptospira penetra ativamente por mucosas ou lesões da pele do paciente. Após a penetração no seu hospedeiro, ela espalha-se rapidamente pela via linfática e sanguínea.

Os principais órgãos afetados são os rins, fígado, cérebro e pulmões. O período de incubação da bactéria pode variar de 2 a 30 dias, mas a média é de 10 dias de intervalo entre a contaminação e o início dos sintomas da doença.

As bactérias da leptospirose podem sobreviver no ambiente até semanas ou meses, o que vai depender das condições do mesmo, como temperatura, umidade, lama ou águas de superfície. Porém, elas são bactérias sensíveis aos desinfetantes comuns e a determinadas condições ambientais, sendo mortas rapidamente por desinfetantes, como o hipoclorito de sódio, presente na água sanitária, e também quando expostas à luz solar direta.

Cerca de 5 a 7 dias após a infecção, aparecem os primeiros sintomas, que podem diminuir ou cessar, bem como aumentar (se a forma mais grave se desenvolver).

A principal causa de morte dos pacientes da leptospirose é a Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), ela libera componentes bacterianos como LPS e fração glicolipoprotéica no organismo, causando a ativação da resposta imune com agravamento do quadro clínico do paciente.

SINTOMAS

A Leptospirose pode apresentar sintomas, mas também pode ser assintomática. Quando há ocorrência de sintomas, o paciente costuma ter:

  • Febre alta repentina
  • Mal-estar
  • Dor muscular (mialgias), especialmente na panturrilha, na cabeça e no tórax.
  • Olhos vermelhos (hiperemia conjuntival)
  • Tosse
  • Cansaço
  • Calafrios
  • Náuseas
  • Diarreia
  • Desidratação
  • Exantemas (manchas vermelhas no corpo), aumento dos linfonodos, baço e fígado
  • Faringite
  • Sinais de meningite

Os sintomas também variam bastante de paciente para paciente, dependendo do caso. Mais de 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça. Dor muscular,  enquanto 50% apresentam náuseas, vômitos e diarreia. Quando a leptospirose adquire forma grave  os seguintes podem aparecer:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados)
  • Hemorragias
  • Complicações renais
  • Torpor
  • Coma

(Fontes: Assessoria de Imprensa da PMTR e https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-leptospirose-sintomas-cura-tr)