No próximo sábado (29) é comemorado o Dia Mundial de Combate ao AVC, uma das principais causas de mortalidade no Brasil. A doença surge inesperadamente, e pode deixar sequelas que incapacitam a pessoa para o trabalho. A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e estabilização dos níveis da pressão arterial contribuem para reduzir os riscos de AVC.
Saiba mais sobre a doença no artigo do site http://www.redebrasilavc.org.br/para-pacientes-e-falimiares/o-que-e-avc/ :
O acidente vascular cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Classicamente o AVC é dividido em 2 subtipos:
AVC Isquêmico - Ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular.
AVC Hemorrágico - O acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).
Sinais de Alerta
Segundo os médicos, é necessário reconhecer os sintomas da doença, porque “tempo perdido é cérebro perdido”. Deve-se ficar atento para o surgimento repentino de qualquer um dos sintomas abaixo:
Se você ou alguém que você conhece estiver com um destes sintomas – NÃO ESPERE MELHORAR!!! CORRA!!! Cada segundo é importante. Ligue imediatamente para o SAMU, ou para o serviço de ambulância de emergência de seu plano de saúde, se for o caso, , para que possam enviar o socorro. Outro dado importante é observar, checar e anotar a hora em que os primeiros sintomas apareceram. Se houver rapidez no atendimento do AVC, até 4,5 horas do início dos sintomas, um medicamento que dissolve o coágulo pode ser dado aos pacientes com AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, diminuindo o risco de sequelas.
Ainda que um AVC possa surgir em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-nascidos, sua incidência cresce à medida que avança a idade. Quanto mais velha uma pessoa, maior a chance dela ter um AVC. Pessoas do sexo masculino e a raça negra costumam ter maior tendência ao desenvolvimento de AVC.
Quem já teve um AVC, ou uma “ameaça de derrame” (isquemia), ou outra doença vascular como o infarto (no coração) e a doença vascular obstrutiva periférica (estreitamento das artérias que alimentam as pernas diminuindo o fluxo de sangue), tem maior probabilidade de ter um AVC.
As doenças do coração, especialmente as que produzem arritmias (batimentos cardíacos desregulados), aumentam o risco. As arritmias provocam uma corrente sanguínea irregular e facilitam a formação de coágulos sanguíneos dentro do coração, que podem chegar pela circulação nos vasos do cérebro, diminuindo o fluxo sanguíneo e causando um AVC.
Alguns exemplos de doenças do coração que aumentam o risco de AVC: infarto, fibrilação atrial, doença nas válvulas, cardiopatia chagásica (Doença de Chagas).
Já está amplamente difundido que fumar é prejudicial à saúde. O hábito de fumar é fortemente relacionado com o risco para AVC. Mesmo o uso de pequeno número de cigarros (ou de cachimbo ou de charuto) associa-se ao risco aumentado. As substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro passam dos pulmões para a corrente sanguínea e circulam pelo corpo, afetando todas as células e provocando diversas alterações no sistema circulatório. O fumo deve ser evitado sempre.
Conhecida como “pressão alta”. O termo pressão arterial se refere à pressão nas artérias que levam o sangue do coração para o resto do corpo. A pressão média de uma pessoa saudável é de 120/80 mmHg (“12 por 8”). Quando a pressão está elevada, ela acaba lesionando os vasos sanguíneos do cérebro e pode causar um AVC. O tratamento da hipertensão arterial é muito importante, pois reduz tanto o risco de AVC quanto de ataques do coração. Mesmo que uma pessoa tenha uma pressão ligeiramente elevada é preciso consultar um médico para começar o tratamento adequado.
A diabetes é causada por uma deficiência do hormônio chamado insulina ou por uma resistência a ele. Esse hormônio é essencial no metabolismo da glicose (açúcar) no corpo. Por isso pessoas com diabetes possuem um excesso de “açúcar no sangue”. O objetivo do tratamento da diabetes é manter o nível de glicose no sangue o mais próximo do normal. Um bom controle da diabetes com dieta adequada e medicamentos torna os problemas circulatórios menos comuns. Portadores de diabetes devem manter sob controle os níveis da pressão arterial.
A atividade física contribui para a do risco de doença vascular. O sedentarismo leva ao aumento de peso, predispondo à hipertensão, diabetes, níveis inadequados de colesterol no sangue, todos fatores de risco para a ocorrência do AVC. Praticar uma atividade física regular, por exemplo caminhadas três vezes por semana, traz benefícios à saúde.
O excesso de gordura no sangue (dislipidemias), especialmente de colesterol, leva à formação de placas nas paredes das artérias. Isto as torna mais estreitas e reduz o fluxo sanguíneo, aumentando a chance da pessoa ter um AVC. Este risco pode ser diminuído com mudanças nos hábitos alimentares, principalmente reduzindo o consumo de gordura animal.
A obesidade deve ser controlada, principalmente por sua associação com a diabetes, inatividade física, hipertensão arterial e dislipidemias. Para controlar adequadamente o peso e diminuir os riscos de desenvolver um AVC é necessário consultar um médico e um nutricionista.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas associa-se a grande aumento na incidência de AVC. O consumo rotineiro de álcool leva a hipertensão e níveis inadequados de colesterol no sangue – fatores de risco já citados.
O uso de cocaína ou crack é capaz de gerar lesão arterial e picos hipertensivos, sendo associado ao desenvolvimento de AVC.
O uso de pílulas anticoncepcionais pode favorecer o surgimento de AVC, principalmente em mulheres fumantes, ou hipertensas. É muito importante o acompanhamento médico para avaliação das condições clínicas e a adoção das condutas necessárias a cada paciente. É importante lembrar que nenhum medicamento deve ser tomado sem prescrição do médico.
FONTE: http://www.redebrasilavc.org.br/para-pacientes-e-falimiares/fatores-de-risco/
Dieta pobre em sal
É recomendado que o consumo de sal seja reduzido para menos de 5g ao dia para diminuir o risco de ter um AVC, porque:
(Fonte: http://www.redebrasilavc.org.br/para-pacientes-e-falimiares/o-que-e-avc/