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Campanha de Imunização Contra o HPV

Campanha de Imunização Contra o HPV




      Cerca de duas mil adolescentes, com idades entre 9 e 13  anos, deverão ser imunizadas contra o virus HPV, durante a campanha promovida pela Secretaria de Saúde de Três Rios em parceria com  o Ministério da Saúde. Falando sobre o assunto, o Secretário Luiz Alberto Barbosa informou, há dias, que o trabalho será desenvolvido com o apoio da Secretaria de Educação. As diretoras das unidades de ensino,  incluindo as escolas particulares, receberão instruções para a atuação durante a campanha, que será  desenvolvida no período de 10 de abril a 10 de maio.O Secretário de Saúde afirmou que, por envolver menores de idade, a campanha está recebendo tratamento diferenciado.           Para serem vacinadas, as adolescentes deverão apresentar autorização assinada pelos responsáveis, que poderão estar presentes na ocasião. A vacina não apresenta reações adversas, mas uma ambulância do Samu – Serviço de Atendimento Médico de Urgência,estará de plantão no posto de vacinação. Em caso de dúvidas sobre o vírus HPV e a vacina,  as adolescentes  e seus pais   poderão conversar com médicos e enfermeiros do PSF do bairro, e as que tiverem problemas de saúde devem procurar  os profissionais responsáveis pelo tratamento.

      O Secretário de Saúde afirmou também que se preocupa com o fato de algumas pessoas estarem encarando a vacina contra o HPV como um método anticoncepcional. “A vacina não serve para evitar a gravidez. Sua função  é apenas imunizar contra o vírus, que é um dos responsáveis pelo câncer do colo do útero”, afirmou.
Para surtir o efeito desejado, a vacina será aplicada em três etapas, estando a administração da  segunda dose marcada para o período de   1º a 12 de setembro e a  terceira dose 5 anos depois da segunda.

      Conhecido também como “verruga genital”, o  HPV é um condiloma acuminado, que na linguagem popular é chamado de ”crista de galo”, “figueira” ou ”cavalo de crista”.  É  uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero, e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres.  A infecção  normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns do HPV surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões  também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

      Nos  homens, o vírus do HPV não causa câncer, mas um estudo  realizado com mais de mil voluntários no Brasil, México e Estados Unidos, divulgado ano passado na revista cientifica The Lancet, revelou que  cerca de 50% dos homens pesquisados  estava infectado com alguma variedade de HPV. Como o contágio acontece principalmente por via sexual, o índice gerou grande preocupação. Em 2012, a  Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou que  mais de 69 milhões de mulheres acima dos 15 anos estavam sob risco de desenvolver câncer de colo de útero. Este tipo da doença  é o mais mortal entre a populaçao feminina, com grande incidência na região Norte do Brasil. As regiões Centro-Oeste e Nordeste ocupam a segunda posição, sendo a terceira causa de morte na região Sudeste e a quarta causa de mortalidade na região Sul.  

      O projeto de lei que determinou a  inclusão da vacina na rede pública de saúde foi sancionado pela Câmara dos Deputados e assinado pela Presidente Dilma Roussef ano passado. Anteriormente, a vacina só era encontrada nos consultórios particulares, chegando a custar até 900 reais. A Anvisa – Agência Nacional de Vigilâncvia Sanitária,  indica a aplicação em mulheres de até 25 anos, ficando os casos fora desta faixa etária a critério dos médicos. Com a aplicação, o risco de contágio chega proximo ao zero.