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CÂNCER DE MAMA: CUIDADOS ALÉM DO OUTUBRO ROSA

CÂNCER DE MAMA: CUIDADOS ALÉM DO OUTUBRO ROSA



 

Desde o primeiro dia deste mês, os principais monumentos do Brasil estão iluminados na cor rosa, para conscientizar não só às mulheres, mas a toda a população sobre a importância da prevenção para o diagnóstico e cura do câncer de mama, doença que vem aumentando muito nos últimos anos, principalmente nas regiões mais pobres do Brasil.

Atualmente, ter câncer de mama não significa estar condenada à morte. Vários tratamentos, disponíveis, inclusive,  na rede pública, podem curar a doença, desde que seja descoberta a tempo. Os exames (apalpação e mamografia) são as principais formas de descoberta, e os cuidados não devem se restringir ao Outubro Rosa. Cuidar da saúde é importante, e a vigilância tem que acontecer de forma rotineira. Vamos saber um pouco mais sobre o câncer, seus fatores de risco e formas de prevenção?

O câncer de mama é uma doença predominantemente feminina, embora acometa também aos homens. Estão mais sujeitas a ter a doença as mulheres que:

  • não tiveram filhos ou ficaram grávidas após os 35 anos;
  • não amamentaram:
  • fizeram reposição hormonal;
  • menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram na menopausa mais tarde (a partir dos 50 anos).
  • têm 50 anos ou mais; de 70 a 80% dos casos ocorrem nesta faixa etária;
  • têm história familiar : 90% dos casos são esporádicos, mas os 10% restantes estão ligados à predisposições genéticas. História de câncer de mama em familiares do lado materno ou paterno dobram ou triplicam o risco. Quanto maior a proximidade do parentesco, mais alto o risco. Deve-se suspeitar fortemente de predisposição genética quando há vários casos de câncer de mama ou de ovário diagnosticados em familiares com menos de 50 anos (especialmente em parentes de primeiro grau), casos de câncer nas duas mamas (apresentação bilateral), ou casos de câncer de mama em homens da família;
  • são obesas,  estão na menopausa e  com índice de massa corpórea (IMC, peso dividido pela altura ao quadrado) acima  35;  
  • consomem exageradamente  alimentos gordurosos;
  • consomem bebidas alcoólicas em   excesso.
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O primeiro sinal da doença costuma ser o aparecimento de um nódulo único, não doloroso e endurecido,  na mama. Podem ocorrer também a deformidade e/ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo (que se volta para dentro),  o aumento dos  gânglios das axilas,  vermelhidão, edema(inchaço), dor e a presença de líquido nos mamilos.

Diagnóstico

A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais também auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza.

Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser solicitada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e seu estadiamento (análise das características e da extensão do tumor).

Tratamento

As formas de tratamento variam conforme o tipo e o estadiamento do câncer. Os mais indicados são: quimioterapia (uso de medicamentos para matar as células malignas), radioterapia (radiação), hormonioterapia (medicação que bloqueia a ação dos hormônios femininos) e cirurgia, que pode incluir a remoção do tumor ou mastectomia (retirada completa da mama).

O tratamento pode, ainda, combinar duas  ou mais técnicas.

Formas de prevenção

 

*  Autoexame mensal  das mamas  de preferência no 7º ou 8º dias após o início da menstruação.  A maioria dos tumores são descobertos desta forma.

* Consulta ao médico para exame de mamografia a cada 2 ou 3 anos, quando se tratar de mulheres na faixa dos 20 aos 40 anos. Acima dos 40 anos, o exame deve ser feito anualmente.

Cura

Quando diagnosticado e tratado na fase inicial, isto é, quando o nódulo mede menos de 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a 95%. Mas tumores muito pequenos são difíceis de perceber no auto exame, por isso é importante a realização da mamografia. 

Câncer masculino

Embora menos comum, o câncer de mama também pode atingir os homens. Portanto, especialmente depois dos 50 anos, eles não podem desconsiderar sinais da doença, como nódulo não doloroso abaixo da aréola, retração de tecidos, ulceração (feridas) e presença de líquido nos mamilos. (fonte: http://drauziovarella.com.br/?s=cancer+de+mama  e www.mulherconsciente.com.br