As estrias se formam quando a pele é excessivamente esticada, ultrapassando sua capacidade de distensão. Isto ocorre, por exemplo, numa gravidez, ou quando a pessoa não consegue controlar o peso, engorda e emagrece sucessivamente, o conhecido “efeito safona”. A pele se rompe, as bordas cicatrizam e pronto: a pele ganha uma marca que incomoda a todos, homens e mulheres. E, para deixar a situação pior, ainda não existe um tratamento médico ou estético para acabar totalmente com elas.
Prevenir o seu aparecimento também é difícil, devido aos vários fatores que podem provocar as estrias. Segundo os dermatologistas, elas podem aparecer na fase de crescimento, na puberdade, devido ao aumento de peso, ou com o uso contínuo de medicamentos a base de corticosteróide, tanto tópico (aplicação na pele) como via oral.
O problema, que atinge mais frequentemente as mulheres, pode surgir em qualquer parte do corpo, mas sempre ataca as áreas mais femininas, como bumbum, seios e barriga. Para cada lugar e tipo de estria é indicado um tratamento.
Segundo dermatologistas especializados em medicina estética, as estrias avermelhadas são as mais recentes, tendo essa coloração devido ao rompimento sanguíneo. Os tratamentos iniciados nessa fase têm melhores resultado, pois as células continuam vivas e com maior capacidade regenerativa.
Já as estrias brancas são consideradas as mais antigas. Sua cor é branco-acinzentado, pois a melanina (substancia que dá coloração à pele) não é mais produzida onde as fibras se rompem. Também apresentam uma diminuição acentuada da espessura da pele, formando uma depressão, tipo uma cicatriz. Os tratamentos iniciados nessa fase conseguem apenas estreitá-las.
Tratamentos e novidades
O tratamento com ácidos, o peeling, é um dos mais comuns para a eliminação das estrias, pois estimula a formação de tecido colágeno, melhorando o seu aspecto.
Mas cada caso é diferente do outro. Pode haver descamação e vermelhidão durante o tratamento com ácidos. e a concentração ideal para cada caso deve ser definida pelo dermatologista, de acordo com o tipo de pele.
Outro tratamento é a a mesoterapia, que pode ser aplicada nos dois tipos de estrias. Consiste na aplicação de injeções, com agulhas finas, de uma substância capaz de estimular a produção de colágeno na quantidade ideal para preencher os sulcos das estrias antigas, que, por conseqüência, ficam mais estreitas. Cada aplicação dura 10 minutos por estria e o tratamento pode ser longo, dependendo da quantidade de estrias de cada pessoa. É um tratamento bastante dolorido, que nem todas as pessoas suportam fazer até o fim.
O laser é um tratamento mais moderno e indicado para as estrias avermelhadas, provocando o fechamento dos pequenos vasos, promovendo a formação de novo colágeno, com diminuição do tamanho das estrias recentes ou antigas.
Em breve, quem quiser livrar-se deste problema terá nova opção. Um aparelho em fase de testes, denominado eletroporador, deverá fazer com que qualquer tipo de substância penetre na pele, sem a utilização das temidas agulhas.
Costumam dizer que a pele negra é mais suscetível ao aparecimento das estrias, mas, segundo os especialistas, essa afirmação não é verdadeira. O que ocorre é que na pele escura elas são mais visíveis,e os tratamentos indicados são os mesmos recomendados para as peles mais claras.
Como evitá-las
A prevenção é a melhor forma de tratamento. Como? Hidratando e nutrindo a pele ao máximo para garantir sua elasticidade e impedir a ruptura de suas camadas internas. Evitar o uso de roupas apertadas também é uma maneira de evitar estrias, além da prática de exercícios físicos regularmente, evitar engordar e emagrecer repentinamente (o tal “efeito sanfona”) e dar preferência aos alimentos saudáveis..