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SALVE A ÁRVORE!!

SALVE A ÁRVORE!!



Foto – Dia 21 setembro, em um dos primeiros anos da década de 1940, na Praça da Autonomia,  cerimônia de plantio de uma árvore. Entre estudantes, professoras e autoridades locais vê-se : o terceiro da esquerda para a direita, o prefeito Dr. Walter Francklin ( 1º prefeito – nomeado - de Entre-Rios / Três Rios, de 1939 a 1945) ; a sexta, de branco, a professora Alva Coutinho Carvalhido , então diretora do Grupo Escolar Condessa do Rio Novo (e mais tarde 1ª vereadora do município), o décimo é João Pedro da Silveira então secretário da prefeitura ( mais tarde três vezes prefeito de Três Rios: duas vezes nomeado e uma vez eleito) e o  décimo primeiro é Otorino Bilheri, fiscal municipal, entre outros notáveis.

Naturalmente, pela proximidade do dia 21 de setembro, dia consagrado à celebração da nossa amiguinha vegetal, de múltiplos benefícios à saúde planetária, é mister todas as reverências a esse espécime de importância vital à decantada sustentabilidade. A árvore, valente sentinela avançada na nossa biodiversidade, prima-dona da inspiração ambiental, madrinha de batismo do nome do país brasilis, (em alerta e lamento) mulher ambicionada pelos pouco escrupulosos homens do machado. De polivalência referencial,   reúne ricas qualificações, por naturais decorrências. Certamente, de que por aqui várias seriam as vertentes onde ela ocuparia posto de motivo condutor de muitas das nossas homenagens em abordagens escritas: de personagens protetora, amiga incondicional, certidão de nascimento e mais todo um variado enredo que inspira e a que faz jus. Todavia, a interjeição designativa de saudação que se apresenta à composição do letreiro deste texto pouco se apresenta em celebração à árvore, mas, por questão de urgência, é um explícito grito de alerta, um pedido de socorro, uma aflita advertência aos terríveis riscos a que vê ameaçada sua bucólica e salvadora existência. Isso mesmo: SALVAR, verbo irregular, reflexo, transitivo e intransitivo, em todos os seus tempos e modos. Salvar a árvore! Salve a árvore ! Salvemos as árvores dessa política assassina contemporânea que dia sim e o outro também  procura extingui-la em expedientes pouco convincentes e, quiçá, inconfessáveis. Pintando um pouco a questão com cores locais, a arborização trirriense traz em sua tradição ares ainda do período distrital, com a atenção sul-paraibana no plantio de oitis. Os da Praça da Autonomia, alguns próximos à nossa agência dos Correios e muitos ainda do pátio no Colégio Estadual Condessa do Rio Novo, talvez sejam ainda de Entre-Rios não emancipado. Podemos ver ainda alguns oitis bem antigos na Praça Antônio Mendes, a popular dos Peixinhos, que tal os “ irmãos “ citados aqui estão acometidos pela doença conhecida “Praga de Passarinho “, assim também enfermos os seis antigos ipês fronteiriços aos prédios do Teatro – Casa de Cultura. A instituição Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, conta com um serviço de tratamento ,grátis, às árvores doentes, bastando que as prefeituras locais façam tais solicitações formais e oficiais. Perdemos a conta das sugestões pertinentes a essas terapias encaminhadas à nossa Secretaria de Meio Ambiente. Em nossa coluna Relembra de hoje, à guisa de um pouco de refrigério à insensibilidade da nossa política de arborização, publicamos foto do início da década de 40,que vem registrar o status, respeito e acato que a árvore recebia em  nossa cidade. Em seu dia maior, em sua homenagem recebia solene plantio, sob a reverência das maiores autoridades do município. Um tempo passado. Que passou.

 Em especial dedico esse artigo ao jovem Lucas Magrani,   pelo notável trabalho que desenvolve em nossa cidade em defesa do meio ambiente.)