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EZILMA TEIXEIRA RELEMBRA

EZILMA TEIXEIRA RELEMBRA



NOSSAS MARAVILHOSAS ,EMPREENDEDORAS E EMPODERADAS MULHERES DO PASSADO - I

Obreiras cujos labores soergueram Três Rios em suas variadas facetas.
Hoje todas ausentes em corpo físico,todavia presentes em suas energias transcendentais no dia a dia trirriense pelo muito que aqui deixaram e dedicaram.
A partir de hoje (5), até domingo (8),penso em postar grupos dessas heroínas do pretérito com traços das suas biografias que bem exemplificam e fundamentam seus inolvidáveis méritos por todo o sempre.

SALVE ELAS !

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BARONESA DE ENTRE-RIOS (1795 -1876)

Claudina Venâncio de Jesus junto ao marido, Antônio Barroso Pereira – o Barão de Entre - Rios – foi proprietária da fazenda Cantagalo, importante propriedade rural do século XIX que deu origem à cidade de Três Rios.
Foi mãe de Mariana Claudina Pereira de Carvalho ,a Condessa do Rio Novo ,considerada a fundadora de Três Rios.
De conhecidos rasgos de piedade cristã, deixou notícias de combate à violência no trato à massa escrava por senhores da região.Abrigava e tratava de escravos maltratados e fugidios em sua fazenda.
Foi dela a iniciativa da construção, em 1864, no atual bairro Cantagalo, da Capela Nossa Senhora da Piedade, considerada a mais importante relíquia histórica trirriense.

CONDESSA DO RIO NOVO (foto) (1817 – 1882)


Mariana Claudina Pereira de Carvalho, filha dos barões de Entre-Rios, por passamento dos pais tornou-se proprietária da fazenda Cantagalo que, por força de seu testamento lavrado em 1881, foi doada à Casa de Caridade de Paraíba do Sul com a recomendação de que suas terras poderiam ser aforadas para início de uma efetiva colonização.Por esse feito é considerada a fundadora de Três Rios.
Outra grande iniciativa foi a libertação da grande massa escrava da sua fazenda, em recomendação em seu testam, em 1882, antecipando-se seis anos à Lei Áurea, além de distribuir terras para as suas subsistências, fazendo nascer a Colônia Agrícola Nossa Senhora da Piedade, hoje o progressista bairro de Vila Izabel.

MARCELINA CHAVES (1856 – 1961)

De inestimáveis serviços prestados à assistência social do então distrito de Entre – Rios e do já município emancipado, Marcelina Chaves notabilizou-se como parteira prática, trazendo ao mundo várias gerações trirrienses de diferentes classes sociais.
Também foi notável como receitista de medicamentos fitoterápicos e homeopáticos.Não raro à porta de sua residência aglomeravam-se os mais carentes à procura de ajuda.
Kardecista fervorosa fez parte do extinto Centro Espírita João Batista, embrião do Centro Espírita Fé e Esperança, do qual foi uma das fundadoras em 03 de maio de 1922.Em junho do mesmo ano, contando agora com a parceria daquela entidade espírita dela recebeu um imóvel para melhor atendimento sua clientela de excluídos que avolumara. A partir de 1929 tomou a iniciativa de mobilizar pessoas de posses ou admiradoras de sua bonita obra à doação de medicamentos para a massa carente.
Seu nome é homenageado desde 1969, dando nome a uma artéria pública no centro da cidade de Três Rios, a Travessa Marcelina Chaves.

ZELUSKA BRAVO (1898 – 1960)

Apreciada colaboradora do jornal “Arealense”, fez jornalismo escrevendo crônicas e artigos de fundo do melhor quilate, sempre sob o pseudônimo Lady Godiva.
Apreciada poeta e beletrista de vastos recursos, frequentemente na primeira metade do século XX, nos eventos locais, seguindo a tendência que predominava na época, não era raro brindar ao público declamando poesias de sua autoria.
Foi professora do Grupo Escolar Condessa do Rio Novo,ainda no prédio antigo - hoje Casa de Cultura, na Praça São Sebastião.
Na vida política marchou ao lado do marido, Guilherme Bravo ( 1º prefeito constitucional de Três Rios), na luta para a emancipação do distrito de Entre - Rios.
Foi a primeira primeira - dama constitucional de Três Rios, durante o período de 1947 a 1951, da administração do município pelo seu marido.

ESTHEFÂNIA CARLINDA ÁLVARES (1895 – 1990)

De tradicional família entrerriense foi atriz pioneira do teatro amador de Três Rios.
Carlinda Álvares, foi uma das fundadoras do Grupo Dramático e Beneficente Dias Braga, de 1913, a primeira entidade de teatro amador de Três Rios e que deu origem ao Grupo de Amadores Teatrais Viriato Corrêa (GATVC).
Dona de rara beleza, Carlinda Álvares era constantemente requisitada para os principais papéis femininos das peças do teatro amador daqueles idos.

RITA CERQUEIRA (1889 – 1951)

Já ao início da década de 20, na arrancada do movimento pró-emancipação do distrito de Entre-Rios, Rita Cerqueira, despindo-se dos preconceitos que afastavam as mulheres da vida política, integrou-se ativamente ao movimento separatista.Foi uma das mais entusiasmadas autonomistas de Entre-Rios.
Junto de Almira Ribas, Ondina Torno e outras, criou e foi uma das líderes da Associação Feminina Pró Autonomia de Entre-Rios, instituição vital para o sucesso do movimento.
Em justa homenagem seu nome está perpetuado ,desde 1951, em uma rua no centro da cidade.
De inolvidáveis serviços de assistência social em Três Rios,
parteira prática percorria a periferia trirriense em seu labor de trazer ao mundo pequeninos e cuidar de suas mães carentes.
Foi uma das fundadoras do Centro Espírita Fé e Esperança, do Lar Manoel Pessoa de Campos e inspiradora, junto ao Dr. Walter Francklin, da criação da Maternidade de Entre-Rios (para socorro das parturientes sem recursos materiais ) hoje Clínicas Walter Francklin.
Em justa homenagem, seu nome está perpetuado, desde 1951, em uma rua no centro da cidade.