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SAIBA COMO SE PROTEGER: CASOS DE ISTs AUMENTAM DURANTE O CARNAVAL

SAIBA COMO SE PROTEGER: CASOS DE ISTs AUMENTAM DURANTE O CARNAVAL



Especialista alerta sobre a prevenção de doenças e dá dicas para garantir a segurança dos foliões  

 

Chegou o carnaval, época mais calorosa e festiva do ano. Alegria, euforia, beijos, abraços e desejos à flor da pele. Durante esse período, o número de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) cresce, principalmente entre os jovens. Em 2023, foram 20.237 novos casos de HIV notificados no boletim epidemiológico, segundo o Ministério da Saúde. Para falar sobre o tema, convidamos a ginecologista obstetra do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, Dra. Marina Barbosa, que destaca alertas sobre as enfermidades e algumas dicas de preservação para curtir o carnaval protegido.   

 

A médica explica que as ISTs são transmitidas, principalmente, por via sexual, tanto oral, quanto vaginal e anal. Além disso, este tipo de infecção também pode ser passado de mãe para filho, na gestação, parto ou amamentação. A especialista ressalta ainda que as ISTs mais comuns diagnosticadas no consultório são: herpes genital, cancro mole, HPV, donovanose, doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo, sífilis, tricomoníase, HTLV e HIV. 

 

Sobre os sintomas, são similares tanto em mulheres quanto em homens, podendo variar em lesões nos órgãos genitais, como verrugas ou pequenas úlceras, dolorosas ou não, ardência ao urinar, saída de secreção vaginal ou peniana, aumento de ínguas na virilha e dor na região pélvica. 

 

Para se aventurar no carnaval, a dica de ouro para se proteger das infecções sexualmente transmissíveis é sempre usar camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações, sem exceção. “A camisinha é o único método eficaz para evitar contrair infecções sexualmente transmissíveis, podendo ser adquirida gratuitamente nos postos de saúde”, reforça a profissional.    

 

É importante lembrar que, quando se tem relação sexual desprotegida, há um grande risco de contrair infecções, principalmente o HIV, vírus causador da Aids. A preocupação se dá porque ainda não há cura efetiva para a doença, mas tem tratamento disponível mediante a medicação antirretroviral para garantir a qualidade de vida do paciente infectado. Por vezes, o tempo de incubação do vírus pode durar até 6 semanas para manifestar os primeiros sinais da doença e cerca de até 3 meses para o organismo produzir anticorpos e possibilidade diagnóstica por meio de teste rápido ou exame de sangue.   

 

Por fim, a médica ressalta que se houver relação sexual desprotegida ou sob o efeito de droga e histórico de contaminação por alguma IST, procure atendimento o mais rápido possível na Unidade Básica de Saúde mais próxima. “É importante lembrar que, nesses casos, é indicado a profilaxia pré-exposição (PrEP) para iniciar o tratamento profilático na prevenção das doenças”, aconselha a Dra. Marina.